Entre pessoas com deficiência, agressões físicas, psicológicas e sexuais são as violências mais frequentes
Por Guilherme Gama / CNN Brasil
Em 2021, 12.202 casos de violência contra pessoas com deficiência foram registrados, de acordo com os dados do Atlas da Violência de 2023, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta terça-feira (5).
A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, nesse grupo, mulheres são as mais agredidas, assim como as pessoas com transtorno mental.
A taxa de notificação por violência é de 45,0 em pessoas com deficiência intelectual em mulheres, contra 16,2 entre homens. A discrepância pode ser explicada pela maior probabilidade de notificação de violência sexual.
A pesquisa ainda reforça que um em cada três pessoas com deficiência intelectual sofre abuso sexual na idade adulta.
Entre 10 a 19 anos, o número de notificações de violência extrafamiliar ou comunitária contra meninas e mulheres com deficiência (558) é mais que o triplo do número de notificações de casos contra meninos e homens (204).
Violência sexual em mulheres e abandono entre idosos
A violência de natureza sexual se destaca entre crianças e jovens – é a mais frequente na faixa de 0 a 9 anos (34,4%) e entre 10 e 19 anos (44,8%), entre as pessoas com alguma deficiência.
A partir dos 60 anos, a negligência e o abandono são a forma de violência mais frequente nas notificações, com percentuais crescentes à medida que a idade avança: 41,8% na faixa etária de 60 a 69 anos, 60,9% de 70 a 79 anos, e 66,7% entre aqueles com 80 anos ou mais.
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