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Por Marcos da Costa - Conjur


A lei paulista 17.897/2024, recém aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, é mais um passo importante para transformar São Paulo em um estado cada vez mais inclusivo ao consagrar o cordão de girassol como instrumento de identificação de deficiências não visíveis.




Para compreender a exata dimensão dessa lei, é preciso entender que, no contexto da diversidade humana, as deficiências não visíveis representam uma realidade muitas vezes negligenciada e mal compreendida.


Essas situações referem-se a condições que não são imediatamente perceptíveis à primeira vista, como as deficiências auditivas, visuais parciais e intelectuais, entre outras. Embora não sejam facilmente identificáveis externamente, essas condições podem impactar significativamente a vida das pessoas que convivem com elas, afetando suas interações sociais, sua autonomia e sua qualidade de vida.


As deficiências não visíveis frequentemente geram desafios adicionais para as pessoas que as enfrentam. A falta de visibilidade dessas condições pode levar a incompreensões, preconceitos e estigmas por parte da sociedade, dificultando o acesso a serviços adequados, o apoio necessário e a inclusão plena em diferentes esferas da vida.


Símbolo


Nesse contexto, ter um símbolo que possam carregar consigo ajuda a tornar suas necessidades e realidades mais visíveis para os outros, facilitando a comunicação, o apoio e o respeito por suas particularidades.


O símbolo não apenas informa sobre a existência da deficiência não visível, mas também serve como um lembrete constante da importância de acolher a diversidade funcional e de promover ambientes mais acessíveis e inclusivos.


Além disso, o símbolo de identificação para pessoas com deficiências não visíveis desempenha um papel crucial na promoção da autoconfiança e da autonomia dessas pessoas. Ao carregá-lo, elas irão se sentir mais seguras e empoderadas em suas interações diárias, sabendo que têm um meio eficaz de comunicar suas necessidades e de serem compreendidas pelos outros, sem o risco de serem invisibilizadas ou subestimadas devido à natureza não aparente de sua deficiência.


Além de promover a identificação das pessoas com deficiências não visíveis, o cordão de girassol também desempenha um papel fundamental na sensibilização da sociedade em relação às questões da diversidade funcional.


O girassol, com sua beleza e imponência, é também um símbolo de otimismo, força e resiliência. Ele nos lembra da importância de olhar para a luz, de buscar o crescimento e de se adaptar às circunstâncias, características essenciais para superar desafios.


Dessa forma, a lei estadual paulista não apenas beneficia diretamente as pessoas com deficiências não visíveis, mas também contribui para a construção de uma cultura inclusiva e mais consciente em toda a sociedade.




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A capacidade oferecida pelos modelos de IA para analisar vastos conjuntos de dados oferece-nos a possibilidade de compreender, de uma forma aprofundada, os comportamentos dos utilizadores


Por Patrícia Meireles - Observador





A Inteligência Artificial está na ordem do dia, principalmente desde o lançamento, em novembro de 2022, do ChatGPT. Mas de que forma esta tecnologia, que deu os primeiros passos na década de 50 do século XX, impacta a nossa interação com produtos e serviços? Qual a sua contribuição para que estas interações sejam mais inclusivas? Quão presente está realmente a IA na nossa vida quotidiana? Para aqueles que, tal como eu, trabalham na área de UX (User Experience ou, em português, Experiência do Utilizador), este é um momento emocionante para inovar e contribuir para um mundo digital mais inclusivo e equitativo.


A ligação entre a Inteligência Artificial (IA) e a UX tem-se tornado cada vez mais simbiótica. A UX diz respeito à interação entre o utilizador e um sistema, incluindo perceções, emoções e comportamentos, para garantir uma interação intuitiva, eficiente e agradável a todos os utilizadores. Da mesma forma, a acessibilidade digital procura garantir um acesso equitativo a produtos digitais para pessoas com diferentes capacidades, baseando-se no design inclusivo, que visa criar produtos acessíveis a todos, independentemente das suas capacidades individuais.


A capacidade oferecida pelos modelos de IA para analisar vastos conjuntos de dados oferece-nos a possibilidade de compreender, de uma forma aprofundada, os comportamentos dos utilizadores. Esta habilidade é essencial para adaptar dinamicamente as interações digitais, ajustando-as às necessidades e preferências individuais de cada um. Cada vez mais, a IA prevê e oferece recomendações precisas, potenciando a constante evolução da experiência do utilizador. No âmbito da acessibilidade, a IA desempenha um papel importante na eliminação de barreiras. Tecnologias baseadas em IA interpretam automaticamente informações visuais e auditivas, tornando os conteúdos mais acessíveis através de, por exemplo, descrição áudio de imagens ou legendagem automática de vídeos. Assistimos também à evolução dos assistentes de voz, que impulsionados pela IA, permitem um controlo cada vez maior de dispositivos e aplicações apenas com comandos de voz.


A evolução de tecnologias como a IA vieram facilitar a integração destas soluções nos processos de desenvolvimento de produto, representando uma verdadeira mudança de paradigma na acessibilidade, que é muitas vezes descurada e deixada em segundo plano na altura do desenvolvimento dos produtos ou serviços. Para além dos benefícios diretos para pessoas com deficiências, o desenvolvimento destes mecanismos, a velocidades sem precedentes e potenciado pela IA, reflete-se na interação da maioria dos utilizadores. Funcionalidades como as legendas automáticas em vídeos que facilitam a compreensão em ambientes ruidosos, quando o áudio não é desejado, ou ainda as traduções automáticas de conteúdos, alargam o acesso à informação global. Estes são apenas alguns exemplos do contributo e impacto que a IA tem na UX e acessibilidade, e de como se integraram perfeitamente nas atividades diárias, melhorando a interação com os conteúdos digitais.


Sem dúvida que esta tecnologia está a redesenhar a nossa forma de consumir informação, adaptando-se dinamicamente às nossas necessidades e proporcionando uma experiência digital mais inclusiva, enriquecedora e acessível. Contudo, é importante reconhecer os desafios associados ao uso da IA. Entre esses desafios incluem-se preocupações éticas, como o enviesamento algorítmico, a privacidade dos dados e a dependência excessiva da tecnologia. Estas questões requerem uma abordagem cuidadosa para garantir que a IA é implementada de forma ética e responsável, respeitando os direitos individuais e a diversidade de utilizadores.






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Por Nippis/LIS/Icict Divulgação




No 22º episódio, o programa Ecoar-Diálogos de Cidadania convida a pedagoga e historiadora Franciele Busico Lima e o matemático Everton Bezerra, para debater o tema “Ciência Cidadã: acesso e acessibilidade no ensino básico”. A transmissão ao vivo, acontecerá no dia 17 de abril (quarta-feira), às 14h, pelos canais da VideoSaúde e da Unifase


A partir do tema geral Ciência e Tecnologia, o primeiro episódio deste ano debateu o acesso ao conhecimento científico no ensino superior. Agora, no segundo episódio dessa temporada, a proposta é promover uma reflexão sobre as estratégias para a eliminação das barreiras atitudinais, metodológicas e instrumentais que impedem a formação com igualdade de oportunidades de alunos com deficiência. Quais os recursos e tecnologias que possibilitam o aprendizado das ciências? Quais são as dificuldades de acesso e como superá-las? Quais os desafios para uma ciência cidadã? Conduzido por Tuca Munhoz, o programa dura 45 minutos e conta com intérprete de Libras e legendagem ao vivo. 


Perfil dos convidados


• Franciele Busico Lima – pedagoga e historiadora. Mestre em Estética e História da Arte e Doutoranda na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Atua como Coordenadora Geral do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos – CIEJA Perus I, na Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Faz parte da coordenação colegiada do Fórum Estadual de Educação de Jovens e adultos de São Paulo. 


• Everton Bezerra - graduado em Matemática pela Universidade Estácio de Sá, pós-graduado em Teoria e Prática do Ensino de Matemática pela Fundação Educacional Unificada Campo-grandense e mestrando em Ensino na Temática da Deficiência Visual no Instituto Benjamin Constant. É professor de matemática do ensino básico, técnico e tecnológico no IBC, lotado no Departamento Técnico Especializado, na Divisão de Imprensa Braille. É membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Adaptação (GEPA), vinculado à Coordenação de Adaptação de Livros Didáticos e Paradidáticos. 


O projeto Ecoar – Diálogos de Cidadania 


O Ecoar - Diálogos de Cidadania é um projeto cultural-informativo do Núcleo de Informações, Políticas Públicas e Inclusão Social (NIPPIS/Fiocruz e Unifase), que busca reverberar informações sobre direitos humanos e cidadania. 


Apoiado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência (SISDEF), o Ecoar faz parte da estratégia de divulgação de informações e translação do conhecimento para a implementação de políticas públicas e empoderamento da população, com foco no segmento de pessoas com deficiência e em temáticas de inclusão social.  


Entre os outros parceiros que contribuem para a viabilização do programa estão: Ascom/Icict, Ascom/Unifase e Videosaúde Distribuidora da Fiocruz. Os interessados podem entrar em contato com a equipe de comunicação do NIPPIS por meio do e-mail:nippis@icict.fiocruz.br


Assista aqui o programa:







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