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Atualizado: 20 de abr. de 2023

Por Thomas Pfleghar, no site Medicina S/A



Imagem: Freepik


O mês de abril é marcado pela promoção de ações voltadas à qualidade de vida. Isso porque no dia 7 deste mês é celebrado o Dia Mundial da Saúde. A data oficializa a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 1948. O tema da celebração no ano de 2023 é “Saúde Para Todos”, o que torna importante que os profissionais ligados a este momento voltem também a atenção para um grande grupo da população mundial: as pessoas com deficiência física, que precisam da garantia de qualidade de vida e mobilidade. Olhar com a devida atenção para esse público é a base para lutarmos contra o capacitismo, que é o preconceito contra pessoas com deficiência.


Em todo o mundo, segundo relatório divulgado pela OMS e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em 2022 cerca de 2,5 bilhões de pessoas precisavam de algum tipo de tecnologia assistiva, que têm como objetivo dar algum tipo de suporte devido a alguma deficiência (como exemplo, temos as pessoas que necessitam de cadeiras de rodas). No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, existe um grupo de 45 milhões de habitantes com algum tipo de deficiência, entre os quais 13 milhões são pessoas com deficiência física.


Esse contingente de pessoas necessita de diferentes ações para a garantia de sua inserção, empoderamento, independência e adaptação na sociedade. Da mesma forma, a própria sociedade precisa se moldar tendo em vista o bem-estar das pessoas com algum tipo de limitação na mobilidade. Um exemplo dessas ações são as tecnologias assistivas desenvolvidas mundialmente para auxiliar na locomoção das pessoas.


Equipamentos como próteses ortopédicas (que substituem total ou parcialmente algum membro do corpo humano), órteses (usadas nos membros para correção de postura, diminuição da dor ou como auxílio no processo de cicatrização) ou cadeiras de rodas têm recebido atenção especial da comunidade ligada à ciência e à saúde. Isso acontece porque o avanço tecnológico e o investimento em pesquisas auxiliam na melhoria da qualidade de vida desta parcela da população. Esse panorama garante não apenas a saúde física, mas também ajuda na saúde mental, com melhoria na autoestima de pacientes, o que resulta também na luta contra o preconceito e a descriminação dessas pessoas.


A tecnologia tem permitido que pacientes com algum tipo de limitação se locomovam com mais segurança, que tenham melhor estabilidade e agilidade em sua rotina e possam desempenhar diferentes tipos de atividades, seja no trabalho ou no lazer. Um exemplo disso são as pessoas amputadas que praticam esportes paralímpicos e encontram nesses equipamentos condições necessárias para competir e treinar em suas modalidades e alcançar índices de campeões. Mesmo nas necessidades mais comuns de um trabalhador, as próteses, órteses e cadeiras de rodas são essenciais para sua inserção no mercado de trabalho e a garantia de independência.


Mas, ainda que empresas ligadas ao desenvolvimento desses equipamentos se dediquem ao avanço tecnológico, a inserção dessa parcela de pessoas na sociedade e o combate ao capacitismo necessitam também de que outros setores façam sua parte e ajudem neste processo. A ciência e a iniciativa privada precisam do comprometimento do poder público, independentemente da esfera à qual pertence, no sentido de garantir os investimentos, leis e políticas públicas voltadas à mobilidade urbana e à acessibilidade.


Os equipamentos já existentes e aqueles em desenvolvimento só terão efetividade se todas as barreiras que ainda impedem o bem-estar e a inclusão de pessoas com deficiência sejam retiradas do caminho para a sua passagem. E isso precisa ser constantemente aprimorado, assim como o avanço tecnológico, tendo em vista que as demandas da sociedade, e em especial desta parcela da população, sempre passam por mudanças e devem ser atendidas.


*Thomas Pfleghar é diretor de academy da Ottobock na América Latina.


Fonte: https://medicinasa.com.br/capacitismo-combate/

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Atualizado: 21 de abr. de 2023

"Viver é Raro" estreou no Globoplay em 31 de março

Portal Gaúcha ZH




Estreou na sexta-feira (31), no Globoplay, a série Viver É Raro, que é uma realização da Casa Hunter (Associação Brasileira dos Portadores da Doença de Hunter e Outras Doenças Raras) e coprodução independente VBrand e Cine Group. Dirigida por Sérgio Raposo, atração mostra a realidade de pessoas que convivem com condições raras.

A proposta da série é conseguir conscientizar sobre as doenças raras e como é a vida de quem convive com alguma delas. Para isso, sete portadores de alguma enfermidade desse tipo relatam seus desafios, lutas e conquistas. Beatriz, Davi, Laissa, Lara, Miguel, Rafael e Theo expõem suas condições, por mais difíceis que sejam, para, assim, dar voz a outras crianças, jovens e adultos.


De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), existem cerca de 7 mil doenças raras catalogadas globalmente, sendo que 80% afetam crianças e 30% delas não chegam aos cinco anos de idade. No Brasil, é estimado que mais de 13 milhões de pessoas convivam com alguma dessas condições.


Viver É Raro chega para tornar essas pessoas e suas lutas diárias visíveis e, assim, contribuir para acabar com preconceitos.


— A série tem a missão de desmistificar a jornada das doenças raras, mostrando as pessoas por trás de suas condições físicas e de saúde, ao mesmo tempo em que pode ajudar a fomentar o debate e a construção de políticas públicas efetivas de inclusão e tratamento — explica Antoine Daher, presidente da Casa Hunter e da Febrararas e cofundador da Casa dos Raros.

— Dirigir essa série foi mergulhar em um universo de histórias inspiradoras, cheias de desafios e superação. Uma experiência transformadora para toda a equipe — relembra Sérgio Raposo, em material de divulgação oficial.



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Atualizado: 20 de abr. de 2023

Da Redação Do 33Giga



Uma pessoa com deficiência e mobilidade reduzida consegue entrar nas dependências do INSS de qualquer município do Brasil por rampas de acesso e elevadores especiais. Pessoas com deficiência visual grave também conseguem se locomover em repartições municipais graças à medidas inclusivas.


Isso acontece porque a acessibilidade está presente. É a possibilidade de utilização, com o máximo de segurança e autonomia, de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida de espaços, mobiliários e equipamentos urbanos em qualquer edificação.


Se no mundo real esta já é uma realidade, nos meios digitais oficiais a regra deveria ser a mesma. Para Boby Vendramin, Diretor de Marketing e Mídia LATAM da Purple Lens, se uma pessoa tem acesso aos espaços públicos, e essa mesma pessoa tem direito aos serviços online, os sites deveriam acompanhar esta evolução.


“O contribuinte precisa ter acesso aos sistemas e aos meios de comunicação e informação. Não são todos os sites governamentais que estão preparados para servir estas pessoas, portanto pessoas com limitação visual ou auditiva podem estar impedidas de verificar uma conta online de IPTU ou para ler notícias oficiais”


Estatuto da Pessoa com Deficiência: está na Lei Conforme a Lei no 13.146/2015, em seu Art. 1o, que instituí a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ou Estatuto da Pessoa com Deficiência, garante a promoção, em condições de igualdade, do exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência para a total inclusão social e de cidadania.


Porém, nem todos os sites oficiais estão preparados para atender tal demanda.


Acessibilidade online é a nova fronteira


Para o especialista, soluções de acessibilidade foram criadas para garantir que pessoas com deficiência tenham acesso de maneira igualitária para informações e serviços na web.


“Estamos falando sobre acessibilidade total, sobre um site que atenda quem está procurando resolver alguma questão burocrática. Não é justo que um cidadão com todas as condições físicas tenha esta vantagem sobre um direito básico”, diz.


“Ao implementar essas soluções no site, as repartições permitem o mesmo acesso que já acontece nas agências físicas. Pessoas com deficiência visual, auditiva e física podem navegar em sites e aplicativos, sem problema algum.”



Sites precisam contemplar todos os cidadãos


A ausência destas adaptações virtuais criam barreiras para quem possui alguma deficiência e a consequência é um cidadão que depende de ajuda de terceiros, permanecendo impedido de acessar informações, procurar uma vaga de emprego nas agências governamentais e até mesmo solicitar uma segunda via de qualquer documento ou boleto.


É um universo em que 13% dos brasileiros são idosos e podem ter dificuldade para ler, com 19% das pessoas possuindo algum tipo de deficiência visual e 25% da população semi analfabeta, com uma a cada quatro totalmente analfabetas ou analfabetas funcionais. Esta barreira impede o acesso para leituras em telas de qualquer dispositivo.


“Antes era complicado implementar estas soluções, mas agora basta instalar um plugin para transformar completamente o site e entregar a melhor experiência de acessibilidade para quem mais precisa. As limitações físicas não se restringem apenas com espaços reais, mas prejudicam também no virtual “, completa Boby.



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