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Foram avaliados 9 portais, entre os quais Magazine Luiza, Casas Bahia, Americanas e Mercado Livre


Por: Mercado & Consumo


O setor varejista no Brasil está desperdiçando uma importante fatia consumidora por não elevar os níveis de acessibilidade, pelo menos entre os portais mais usados para a realização de compras pela internet, como Magazine Luiza, OLX, Netshoes – Carrefour, Ponto Frio, Casas Bahia, Extra, Americanas e Mercado Livre. A constatação é de um estudo feito pelo Instituto Bimob, especializado em soluções de acessibilidade e consultoria para projetos sociais de inclusão, diversidade e equidade.


A entidade avaliou a condição dos principais marketplaces brasileiros frente aos padrões estabelecidos pela Web Content Accessibility Guidelines (WCAG 2.1), um guia criado pelo Consórcio World Wide Web (W3C), para orientar os sites a estarem de acordo com padrões mínimos de acessibilidade digital. O resultado foi uma média 6 com as marcas ficando num intervalo entre 4.5 e 9.7.


Entre os portais que receberam as menores pontuações, foram detectados problemas como o fato de que apesar de contarem com uma aba dedicada ao atendimento em Libras e oferecerem funções como Tradutor para Libras e recursos assistivos, essas funcionalidades estavam inativas durante a pesquisa, exibindo mensagens de erro. Por outro lado, mesmo entre estes sites com pontuação inferior, foi possível constatar que todos eles seguem boas práticas de acessibilidade em relação ao uso de navegação tabeada, textos alternativos e padrões de programação.


O OLX teve o nível de acessibilidade mais elevado em comparação com os demais, e ficou com 9,7. De acordo com o estudo, o site OLX apresentou um total de 31 práticas de acessibilidade identificadas. Destas, 24 foram classificadas como aceitáveis, 6 requerem verificação manual adicional e apenas uma foi considerada não aceitável, sendo ela de nível AA.


Por outro lado, a pontuação mais encontrada foi também a mais baixa, que corresponde a 4,5 aplicada ao Ponto Frio, Casas Bahia, Extra e ao Mercado Livre. O site das Lojas Americanas ficou com o segundo melhor resultado (7,5), seguido de perto pelo Magazine Luiza (7,0), Netshoes (6,7) e, finalmente, Carrefour (5,4).


Veja como ficou o ranking dos portais de compra avaliados, da maior para a menor pontuação:

  1. OLX 9.7

  2. Americanas 7.5

  3. Magazine Luiza 7.0

  4. Netshoes 6.7

  5. Carrefour 5.4

  6. Ponto Frio 4.5

  7. Casas Bahia 4.5

  8. Extra 4.5

  9. Mercado Livre 4.5


De acordo com o COO do Biomob, Valmir de Souza, a melhor notícia apresentada pelo estudo foi a constatação de que, apesar de estarem em níveis diferentes de execução, foi possível encontrar em todos os marketplaces a preocupação de assegurar acessibilidade em seus ambientes de compras.

“Alguns erros ainda impedem uma navegabilidade adequada para todos os públicos, mas é fato que encontramos esforços sendo feitos no sentido de alcançar este objetivo”, diz.




E-commerces com bom ranqueamento


Já na avaliação dos portais com melhores ranqueamento, foram detectados pontos positivos como o fato de todas as imagens da página terem o necessário equivalente alternativo em texto. Outro aspecto positivo foi a exposição dos elementos com a semântica de banner não estarem contidos dentro de nenhum elemento com outras semânticas.


Para o COO do Biomob, o fato de os sites de ecommerce ainda não estarem totalmente adaptados às melhores práticas de acessibilidade acarreta um ciclo de perdas que atinge a todos os envolvidos. Ele cita números como os de uma recente pesquisa feita pelo PROCON-SP. O órgão detectou que 69% dos consumidores com algum tipo de deficiência física já enfrentaram barreiras para fazer compras virtuais, com 17% afirmando que sempre enfrentam dificuldades e 52% às vezes.


“Essas pessoas se frustraram ao não conseguirem fazer as transações que gostariam, mas os sites, portais e marketplaces também deixaram de faturar com essas operações. Qual será o tamanho do prejuízo para essas empresas se esta relação se confirmar em uma mega promoção como a Black Friday?” conclui.

 
 
 

Idealizado por quatro estudantes de jornalismo, o projeto promove uma nova abordagem de inclusão e acessibilidade


Por: APAE Curitiba-PR (Eduarda Zeglin)


Fonte: APAE Curitiba-PR


Com o propósito de promover inclusão por meio da informação, estudantes de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) lançaram, na última quinta-feira (7), a Revista Boreal — a primeira revista cultural brasileira voltada para jovens com deficiência intelectual. O lançamento aconteceu na Escola Agrícola da Apae Curitiba, onde o projeto foi desenvolvido em colaboração com estudantes da instituição, usando linguagem acessível para facilitar a compreensão do conteúdo.


O projeto é composto pelos estudantes Lorena Motter, Mariana Gomes, Valentina Nunes e Victor Gambetta. Mariana, diretora comercial, destaca a inovação que a revista representa no jornalismo brasileiro: “Pela primeira vez, temos um conteúdo totalmente voltado para jovens adultos com deficiência intelectual que não é sobre a deficiência deles, e sim sobre assuntos interessantes da cultura atual”, afirma. “Podemos dar a esse público um material novo, nunca antes visto, e totalmente acessível a eles”. 


Lorena Motter, idealizadora e editora-chefe, dedicou o projeto à sua paixão por comunicação e causas sociais. Integrada ao trabalho de comunicação da Apae, ela decidiu criar esse novo modelo para mostrar que a representatividade é essencial para promover a verdadeira inclusão. “A Revista Boreal me proporcionou uma experiência transformadora, que reforçou a importância da inclusão e acessibilidade”, disse.


A Revista Boreal traz conteúdos pedagógicos interativos, tutoriais ilustrados, apoio visual, QR codes que direcionam para vídeos e conteúdos extras, além de vídeos no TikTok e Instagram da marca, complementando as reportagens. A edição inclui também um ensaio fotográfico e explora editorias como cinema e séries, música, perfis, saúde e bem-estar, beleza e moda, tudo pensado para promover uma experiência inclusiva e acessível.


Além disso, a equipe adotou três selos diferenciados. O Selo Azul é voltado para leitores com compreensão básica, o Selo Vermelho utiliza Comunicação Alternativa Aumentativa (CAA) para quem necessita de auxílio na leitura, e o Selo Verde é indicado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sensíveis a cores fortes.


Essa divisão garante que a Boreal atenda às necessidades específicas de seu público, oferecendo um conteúdo acolhedor e adaptado.O lançamento contou com a participação de Uillian Aparecido de França, aluno da Apae Curitiba, escolhido para estampar a capa da revista. Durante o evento, ele autografou exemplares para seus colegas e expressou sua satisfação em fazer parte da produção. “Eu amei a experiência! Gostei muito do ensaio fotográfico, foi incrível”, disse Uillian, empolgado.


Valentina Nunes, diretora de comunicação do projeto, descreveu o trabalho na criação da revista como uma experiência transformadora. Acostumada ao jornalismo tradicional, ela encarou o desafio de adaptar a linguagem para torná-la acessível e envolvente para jovens adultos com deficiência intelectual. “A gente teve que trazer textos menores, mais resumidos, palavras simplificadas para eles entenderem”, explicou, ressaltando a importância de um novo jornalismo que dialoga diretamente com esse público jovem adulto, muitas vezes excluído de iniciativas semelhantes.


Essa foi sua primeira experiência com pessoas com deficiência, e o impacto do projeto superou suas expectativas. Durante o processo, Valentina pôde observar a empolgação dos alunos ao participarem de entrevistas e sessões de fotos, mesmo sem entenderem totalmente o propósito. Com a revista finalizada, ela se sentiu realizada ao ver a felicidade deles ao receberem o produto em mãos.


Victor Gambetta, diretor de arte do projeto, foi responsável pelo design gráfico e pela criação visual da Revista Boreal, buscando unir acessibilidade e atratividade. ‘’Tem sido um desafio gratificante poder tornar a cultura acessível e inclusiva para todos’’, concluiu.


O projeto é uma parceria entre a Editora (In)Finito e a Apae Curitiba, reunindo profissionais especializados para tornar a revista totalmente inclusiva e acessível ao público-alvo. Mauro Mocochinski, diretor da Escola Agrícola, acompanhou de perto o processo de criação dos estudantes e destacou a importância do trabalho realizado e a clareza das informações apresentadas. “Eles conseguiram, através desta revista, transmitir exatamente o que os estudantes precisam entender e aprender sobre alguns temas, usando uma linguagem simples e acessível.


Esse é o propósito: atingir a pessoa com deficiência e fazer com que se sintam pertencentes à sociedade”, enfatizou.


O evento de lançamento da Revista Boreal foi um momento especial, repleto de atividades pensadas para integrar e alegrar os estudantes da Apae Curitiba. Além da apresentação da revista, os jovens se divertiram com pintura de rosto, muita música e sorteios de brindes, criando um ambiente acolhedor e festivo.


Para saber tudo sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos, siga a Apae Curitiba no Facebook e Instagram.

 
 
 

Atualizado: 27 de nov. de 2024

As inscrições para submissão de trabalhos foram prorrogadas e agora podem ser feitas até o dia 15 de novembro


Por: Agecom/UFRN (Vitória Mendes)

A Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN) recebe, de 3 a 5 de dezembro, o 11° Encontro sobre Música e Inclusão (11° EMI), realizado neste ano com o tema geral Participação e responsabilidade coletiva para o fortalecimento da Inclusão e Acessibilidade. As inscrições para submissão de trabalhos foram prorrogadas e agora podem ser feitas até o dia 15 de novembro.


Em sua 11ª edição, o encontro deste ano incentiva e promove debates que integram pautas da educação inclusiva no campo de estudos da música e da educação musical, servindo ainda para apontar a necessidade de eventos com tais temas. Também acontecem quatro sessões temáticas (STs) para discussões, aprofundando-se em pontos específicos de diferentes aspectos do assunto.


Na primeira sessão temática, Inclusão das pessoas com deficiência: marcos regulatórios e políticas públicas direcionadas ao campo da educação musical, o 11° EMI agrupa os trabalhos voltados aos estudos e às análises de princípios e práticas de inclusão nos marcos regulatórios e políticas públicas que contemplem o ensino musical. Na segunda ST, Práticas, recursos e tecnologias na Educação Inclusiva, os debates são dirigidos para  ferramentas e serviços que possibilitem a inclusão e a acessibilidade nessa área.


Já as duas últimas sessões temáticas, Inclusão em contextos de ensino de música e Demandas e desafios para uma educação musical inclusiva, ocorrem para provocar conversas acerca dos muitos e diferentes contextos e desafios do ensino musical inclusivo.


As submissões de trabalhos são realizadas nas modalidades Relato de Experiência e Comunicação Oral por meio da Plataforma dos Anais do Encontro sobre Música e Inclusão. Todas as instruções para a inscrição estão no edital publicado no mesmo site


Com previsão de divulgação dos trabalhos aprovados para o dia 26 de novembro, as informações do encontro estão sendo divulgadas no perfil do instagram do Setor de Musicografia Braille e Apoio à Inclusão (Sembrain). O órgão é responsável pela articulação de projetos de ensino, pesquisa e extensão envolvendo o ensino de música inclusiva na UFRN.

 
 
 

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